Uma mulher de poder

Esse ano me formo no curso técnico em dança do NAE. Foram dois anos de aprendizado que vão além do conteúdo passado em aula. Pude observar, experimentar e sentir diversas coisas que não caberiam em um post. 2020 foi particularmente desafiador nessa jornada, além das mudanças já previstas desde o ano passado, tivemos que adaptar todo o estudo, interação e olha, não foi fácil. Para esse semestre, precisamos criar uma coreografia e apresentar uma outra pessoa interpretando-a. Tomei algumas decisões importantes para esse trabalho:

  • Escolheria alguém sem experiência em dança afro (modalidade da coreografia)
  • Faria uma coreografia que misturasse movimentos de afrobeat com percussão tradicional
  • Escolheria uma música nacional

E assim convidei Vivian Naan, minha professora maravilhosa de dança do ventre, que (não sei por que loucura) topou se aventurar comigo nesse projeto e não poderia ter me deixado mais orgulhosa por termos conseguido realizar e entregar algo bonito, mesmo com todos os imprevistos (e foram tantos!), pouquíssimos encontros e um dia louco de gravação. Assim mergulhei em águas desconhecidas, uma vez que nunca tive contato com movimentos de afrobeat (aloka), apenas assistia muitos vídeos até então. Assim Edvan Mota, músico talentosíssimo, criou para mim um trecho de percussão lindo. E assim também pude finalmente criar uma coreografia para uma música da Bia Doxum, mulher dona de uma voz e som incríveis, já que sou viciada nas suas músicas.

A música da Bia que escolhi foi Woman Of Power, que tem participação de LilBirdLeii. Para o trabalho do curso a coreografia podia ter no máximo 2min, pedi que deixassem pelo menos 2:30min, para não abrir mão da percussão e precisar cortar menos possível da música. Deixo aqui agora uma promessa: além de aperfeiçoar essa coreografia feita às pressas (e passada mais às pressas ainda), ela será aumentada para contemplar os 3:52min da música. Aproveitamos essa coreografia para participar do espetáculo online de fim de ano da Mandala – Núcleo de Artes. O resultado está no vídeo abaixo, tudo feito na correria sai um pouco cru, mas assistam com carinho que o tempero tá bom. ;D

Deixo aqui meu agradecimento à Vivian, Edvan, Bia, Paula Della Via (que também abraçou a ideia abriu as portas da Mandala para que eu e Vivian ensaiássemos e gravássemos), Diogo Viana (que permitiu que a gente gravasse um pedacinho lá na Vila Itororó) e Leandra Silva (diretora e coreógrafa da Verve – Cia de Arte Negra) minha mestra de dança afro.

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